domingo, 21 de junho de 2009

Neoconcretismo

Neoconcretismo
"Arte sem emoção é precária’’ Amilcar de Castro

A ruptura neoconcreta na arte brasileira data de março de 1959, com a publicação do Manifesto Neoconcreto, desenvolvido pelo grupo de frente no Rio de Janeiro, que rompe com o racionalismo do concretismo. O manifesto assinado por Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis, denuncia já nas linhas iniciais que a "tomada de posição neoconcreta" se faz "particularmente em face da arte concreta levada a uma perigosa exacerbação racionalista". Contra as ortodoxias construtivas e o dogmatismo geométrico, os neoconcretos defendem a liberdade de experimentação, o retorno às intenções expressivas e o resgate da subjetividade. A recuperação das possibilidades criadoras do artista - não mais considerado um inventor de protótipos industrais - e a incorporação efetiva do observador - que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas - apresentam-se como tentativas de eliminar certo acento técnico-científico presente no concretismo. Se a arte é fundamentalmente meio de expressão, e não produção de feitio industrial, é porque o fazer artístico ancora-se na experiência definida no tempo e no espaço. Ao empirismo e à objetividade concretos que levariam, no limite, à perda da especificidade do trabalho artístico, os neoconcretos respondem com a defesa da manutenção da "aura" da obra de arte e da recuperação de um humanismo.

Alguns artistas:
Amilcar de Castro
Ferreira Gullar
Hélio Oiticica
Aluísio Carvão
Lygia Clark



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